10 de fevereiro de 2015

Protesto de índios chega ao 2º dia em estrada de acesso à Belo Monte


Representantes de 8 aldeias fecham via de acesso ao canteiro de obras.
Uma reunião está marcada para esta terça para tentar solucionar a questão.







Do G1 PA



 

“A gente vê a obra andando, moramos aqui do lado, e as coisas para a gente
 não andam. Não temos um posto de saúde, não temos uma escola, não temos
 banheiro. Sempre fazemos a manifestação repetindo isso”,  Giliard Juruna.
Índios de oito aldeias continuam bloqueando nesta terça-feira (10) a estrada que dá acesso ao sítio Pimental, um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, no sudeste do Pará. O protesto é para pressionar a empresa em relação às obras nas comunidades indígenas. A Norte Energia, empresa que constrói o empreedimento, disse que repudia o protesto e que cumpre integralmente as demandas dos indígenas.
O bloqueio da estrada iniciou na madrugada da última terça-feira (9). Índios Xipaia, Juruna e Arara bloquearam o trecho de uma vicinal do km 27, que dá acesso ao sítio Pimental, a 60 km de Altamira. Ônibus e caminhões foram usados para impedir o tráfego no trecho. Uma reunião com representantes da Casa de Governo de Altamira está marcada para esta terça.
Os indígenas cobram a construção de casas em alvenaria, escolas, postos de saúde e banheiros, além da conclusão das obras de saneamento nas aldeias. Os líderes alegam que a Norte Energia não está cumprido as ações previstas no Plano Básico Ambiental do Componente Indígena.
“A gente vê a obra andando, moramos aqui do lado, e as coisas para a gente não andam. Não temos um posto de saúde, não temos uma escola, não temos banheiro. Sempre fazemos a manifestação repetindo isso”, disse Giliard Juruna.
Eles também reclamam da dificuldade para dialogar com a empresa. “A gente está disposto a ficar aqui até vir alguém aqui com pode de decisão para a gente poder resolver esse problema”, disse outro representante indígena.
Esta já é a quarta vez que o grupo ocupa a estrada nos últimos dois anos. Os líderes dizem que só aceitam negociar com representantes da empresa Norte Energia, da Funai e do Governo Federal que possam solucionar as questões apresentadas.
“Os programas e projetos que estão sendo implantados são projetos que estão só no papel, só têm nome. A gente não vê resultado. Há um ano atrás a gente tinha facilidade muito grande de conversar com a coordenação regional de Altamira da Norte Energia e hoje você tem que agendar”, reclama José Carlos Arara, liderança indígena da aldeia Karydjam.
A Polícia Federal foi até o local e chegou a conversar com os manifestantes, mas os índios decidiram acampar. Carretas que transportavam equipamentos para o canteiro de obras não puderam seguir viagem e ficaram paradas na estrada a três quilômetros do bloqueio. VEJAM REPORTAGEM AQUI!

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