29 de outubro de 2014

Ministro diz que Dilma tem que acelerar demarcações indígenas, Norte Araguaia será principal atingido

A declaração de Gilberto Carvalho vai ao encontro da Carta Aberta divulgada pela própria Dilma Rousseff dois dias antes de sua reeleição


Foto Arquivo _ Aty Guasu

Para o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, bastante conhecido na região do Norte Araguaia por ser o principal pivô da desintrusão da fazenda Suiá Missú, dando lugar a Terra Indígena Marãiwatsédé, o novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem que acelerar as demarcações indígenas.
Ele admitiu que o seu partido, o PT, cometeu erros nos últimos anos e disse que a legenda está fazenda uma autocrítica, “nós temos um projeto vitorioso que acaba de ser confirmado por milhões de votos. O que eu chamo de autocrítica são alguns elementos como a questão do diálogo com movimentos sociais, com a sociedade, que nós temos que aprimorar. O atendimento à demanda dos excluídos que nós temos que acelerar, eu cito a questão dos indígenas que nós temos que acelerar essa reforma agrária, entre outras coisas”, disse ele.

Carvalho é o centro do indigenismo do Governo Dilma Rousseff. O ministro, que é responsável pelo contato com os movimentos sociais, trouxe para o Governo o indigenista Paulo Maldos e sua ex-mulher, a antropóloga Marta Azevedo, que ocupou a presidência da Funai de 2012 a junho de 2013. Gilberto Carvalho e Paulo Maldos coordenaram pessoalmente as duas operações de limpeza étnica levadas a cabo pelo Governo no Mato Grosso e Maranhão.

A declaração de Gilberto Carvalho vai ao encontro da Carta Aberta divulgada pela própria Dilma Rousseff dois dias antes de sua reeleição. Na carta, Dilma se compromete a engavetar a PEC 215, fortalecer a Funai e implementar a Convenção 169 da OIT. No texto, a presidente também exalta as duas operações de limpeza étnica feitas pelo Governo sob a coordenação de Gilberto Carvalho.

O Norte Araguaia com o aceleramento de demarcações seria o principal atingido, em Santa Cruz do Xingu, por exemplo, está em estudo um projeto de ampliação de RESERVA indígena.

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