Supremo havia decidido em favor de fazendeiros da região, em setembro.
Grupo de 45 manifestantes diz que pretende ficar no local até esta quinta.
"Queremos mostrar para o Supremo que ele não pode decidir apenas entre quatro paredes. Deveria respeitar nosso direito de dialogar, ouvir a Funai, ouvir outros grupos" Daniel Kaiowá
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| Fotos _ Gabriel Luiz/G1 |
Um grupo de índios Guarani Kaiowá acampou em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (15). Eles vieram de Mato Grosso do Sul para protestar contra uma decisão da corte que favorece fazendeiros do estado deles. Os manifestantes disseram que pretendem ficar em Brasília até esta quinta (16).
Em setembro deste ano, a 2ª Turma do STF acatou o recurso de um produtor rural do Mato Grosso do Sul invalidando a declaração da área como terra indígena.
Na ocasião, o ministro Gilmar Mendes defendeu que os índios não estavam no local na data da promulgação da Constitução, em 1988. Na decisão, o ministro declarou que a região de Guuraroká pertence a três proprietários e não pertence aos indígenas.
Os Guarani Kaiowá disseram ter entrado com recurso contra a decisão, para que o caso seja levado ao Plenário. A manifestação teve a participação de 45 índios.
De acordo com o líder do grupo, Daniel Vasques Kaiowá, eles não foram ouvidos pelo STF na decisão. “Queremos mostrar para o Supremo que ele não pode decidir apenas entre quatro paredes. Deveria respeitar nosso direito de dialogar, ouvir a Funai, ouvir outros grupos”, afirmou.
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