Por Desacato
Reflitamos como a realidade histórica é destruída pelos interesses do lucro maldito. Os índios são um incômodo para os podres interesses do lucro fácil, vorazes com a terra que era de todos os índios, de qualquer índio, porque até antes de Cabral só tinha índios.
A mesma RBS que demite dezenas de funcionários aqui e no Rio Grande do Sul também faz seu papel no esvaziamento das terras dos povos originários, como o Israel o faz em Gaza. A intensidade da violência não modifica o interesse final: ocupação, roubo, intolerância e etnofobia.
Interessa o que diga a justiça depois de 500 anos de injustiça?
Texto de Daniela Félix.
O grupo RBS nessa semana fez uma série de reportagem na imprensa escrita, via Diário Catarinense, encabeçando uma campanha antiga contra a demarcação das Terras Indígenas do Morro dos Cavalos (Palhoça/SC) e coroou a investida com uma reportagem hoje no Jornal do Almoço (http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/jornal-do-almoco/videos/t/florianopolis/v/acompanhe-reportagem-da-serie-terra-contestada/3552942/), de mais de 7 minutos, onde só ouviu e mostrou pessoas contrárias à demarcação.
Esta aldeia Guarani sofre há anos esse processo de criminalização, por estarem numa localidade às margens da BR101, numa área de alto valor comercial. As terras, por sua vez, também estão há anos esperando a homologação da Presidência da República.
Final do ano passado e início deste ano o Ministro da Justiça mediou o conflito a cerca da construção da quarta pista, que foi autorizada como alternativa provisória até a construção dos túneis. Ocorre que há um problema derrota de engenharia nesta obra de alargamento da pista, quanto ao traçado da pista, talvez por isso o retorno aos ataques à comunidade e a campanha para não titulação, já que a medida mais rápida pra “sociedade” é este alargamento de pista (em relação à construção dos túneis). Enfim, um longo debate de um longo processo que parece não ter fim…
Enquanto isso a comunidade indígena sofre a opressão, a criminalização, a hostilidade e as violências da comunidade, pois se tratam de seres indesejados, principalmente numa área de alto valor comercial e econômico.
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