24 de janeiro de 2014

Polícia Federal pede prorrogação à Justiça para a conclusão do caso dos desaparecidos de Humaitá



Segundo o delegado, Alexandre Alves, mais de

 cem pessoas já foram ouvidas, porém algumas 

testemunhas ainda estão sendo chamadas

A CRÍTICA _ O delegado da Polícia Federal Alexandre Alves, que coordenada as investigações sobre o desaparecimento de três homens no interior da Terra Indígena Tenhari, no municipio de Humaitá (a 600 quilômetros de Manaus) informou, nesta quinta-feira (23), que pediu a prorrogação das investigações à Justiça Federal.
Buscas conseguiram, até agora, localizar destroços de carro usado pelo trio desaparecido (Clóvis Miranda)
Segundo o delegado, mais de cem pessoas já foram ouvidas, porém algumas testemunhas ainda estão sendo chamadas para prestar esclarecimentos. Além disso, os laudos dos exames periciais feitos nos restos de um veículo que pode ser o mesmo usado por Stef de Souza, 43, o comerciante Luciano da Conceição Ferreira Freire, 30, e o agente da Eletrobrás Amazonas Energia, Aldeney Ribeiro Salvador, 40, que desapareceram no dia 16 de dezembro, ainda não foram finalizados.
De acordo com o delegado, somente após a conclusão dos laudos vai ser possível finalizar a investigação. O delegado informou que as buscas pelos três homens segue sendo realizada por aproximadamente 250 homens recrutados entre Polícia Federal (PF), Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Eu não posso apressar a conclusão dos laudos para não afetar a investigação”, disse o delegado federal.
Para o delegado Alexandre Alves, o clima na cidade de Humaitá é de expectativa pela conclusão das investigações, porém, os conflitos não deixaram de acontecer e a população sabe que vários pontos do caso precisam ser esclarecidos.
No último dia 21, o Ministério da Justiça prorrogou a permanência da Força Nacional no municipio de Humaitá por mais 180 dias. Além disso. o Governo Federal mobilizou uma força-tarefa com o objetivo de implementar políticas públicas sociais e de sustentabilidade econômica na região. A força-tarefa é composta pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra); Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Saúde; Defesa; Meio Ambiente (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama); Secretaria-Geral da Presidência da República e Fundação Nacional do Índio (Funai).
Há oito anos, os Tenharim passaram a cobrar pedágio em compensação contra a violência que sofreram com a construção da BR-230, a Transamazônica, uma vez que nunca foram indenizados. Porém, despertaram a ira da população de ‘não-índios’.

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