28 de janeiro de 2014

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Cacique Damiana com guerreiro _ Foto Dourados Agora


São Paulo, Brazil

A USINA SÃO FERNANDO em Dourados-MS está novamente colocando os índios Guarani-Kaiowá do tekoha APYKA'I no meio da BR-463, daqui a 30 dias se nada for feito.
Um relatório do MPF-MS sobre a situação da comunidade de Apyka’i, publicado em 2009, afirmou que “crianças, jovens, adultos e velhos se encontram submetidos a condições degradantes e que ferem a dignidade da pessoa humana. A situação por eles vivenciada é análoga à de um campo de refugiados. É como se fossem estrangeiros no seu próprio país”. http://www.prms.mpf.mp.br/servicos/sala-de-imprensa/noticias/2013/08/mpf-ms-requer-fechamento-de-empresa-de-seguranca-envolvida-em-morte-de-liderancas-indigenas
Enquanto isso o governo renegocia UM BILHÃO de reais em dívidas dos gigantes da agroindústria, GRUPOS BERTIN e BUMLAI sócios da JBS FRIBOI, responsáveis pela USINA SÃO FERNANDO, mesmo essa Usina sendo acusada de genocídio pelo MPF-MS ao contratar a empresa GASPEM, para exterminar a presença de índios que insistem em incomodar os poderosos latifúndios, GRUPOS esses citados que estão sendo denunciados em outras tantas desgraças: fraudes e insalubridade em Cáceres, falsificação em Santo André, picaretagem na Usina de Belo Monte, venda de terra super faturada para o Incra, a roubalheira no serviço público em Campinas, ... Esses safados estão infiltrados em tudo, a máfia é gigantesca. Em pleno Congresso Nacional deputados ocupam a tribuna para defender um leilão que a justiça havia proibido, para financiar a contratação de segurança armada contra os índios do MS, lá morreu em dezembro o líder Ambrosio Kaiowá, a facadas, as polícias não tem pista.
Damiana Cavanha, uma líder Guarani-Kaiowá acampada a 15 anos na porta da Fazenda Serrana, vive ha 5 anos espremida na beira da BR-463 desde que a USINA SÃO FERNANDO chegou, financiada com dinheiro público arrendou a Fazenda para plantação de cana-de-açucar. Nesses últimos 5 anos ela viu seu marido, 2 filhos e 2 netos assassinados por jagunços do coronelismo moderno que atropela na beira da rodovia para fingir acidente, mas fogem para dentro da Usina e são chamados de segurança, acusa o MPF-MS.  http://www.brasildefato.com.br/node/25915
Sua tribo com 130 pessoas que exigiam o direito de voltar para terra onde seus avós estão enterrados, no meio das plantações de cana, hoje se dispersou por tribos um pouco mais seguras, morreram, se perderam. No APYKA'I resta 15 guerreiros, entre crianças e adolescentes que sofrem diariamente o terror das ameaças, em março do ano passado morreu Gabriel de 4 anos, atropelado.
Tirando os coronéis e grileiros do debate, cabe todos, os fazendeiros que compraram terras de boa fé, todas as cidades que cresceram da riqueza da região e todos os indígenas, que estão sendo cobrados pelas lideranças mais antigas o direito de ser enterrado junto dos seus antepassados, parece pouco para nossa cultura maluca, mas para nossos irmãos é simples, é sobre quem eles são, para Damiana Cavanha é ainda mais, o nome dado a seu acampamento Apyka'i, na sua cultura significa o banquinho onde a criança espera 9 meses sentada para nascer, triste ironia patrocinada por nós através do BNDS. Veja o vídeohttp://blog.prms.mpf.mp.br/tekoha4/?p=88 . 
Dilma Rousseff, faça algo por esses brasileiros símbolos do nosso sofrimento.
#indioresiste #kaiowaresiste

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