12 de dezembro de 2013

'Pessoal da Funai deveria arder vivo no inferno', diz deputado de SC

Agência ALESC
 Jornal do Brasil

O deputado estadual de Santa Catarina Reno Caramori (PP) gerou imensa polêmica na manhã desta quarta-feira, ao criticar ao vivo na TV as lideranças da Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo o parlamentar, os dirigentes do órgão federal deveriam "ir vivos para o inferno para pagar pelo que fazem".
Caramori, que é presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, participava do programa Bom Dia SC, da RBS TV e comentava as obras na região do morro dos Cavalos, trecho da BR-101 localizado na região metropolitana de Florianópolis. Ele disparou contra o governo federal e os indígenas que ocupam a área - o que estaria causando atrasos na obra.
O trecho é um dos mais movimentados e com um dos maiores índices de acidentes na BR-101. "A Funai, acobertada por outras pessoas, continua provocando essa matança na rodovia", disse. "Se existe inferno, esse pessoal da Funai deve ser mandado para lá vivo, para pagar pelo que estão fazendo".
O deputado criticou Ideli Salvatti, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, que teria "feito promessas como sempre", e destacou que os indígenas da região não contribuem com a sociedade catarinense. "Tem meia dúzia de famílias de indígenas ali. Qual a contribuição desse povo para a economia do Estado?", questionou. "Eles não estão nem aí para a terra. Os índios querem é saúde. Mas, se mexem em meio metro, a Funai aparece."
Em entrevista ao Terra, o parlamentar afirmou não ter nada contra a comunidade indígena. "Não tenho nada contra os índios. Pelo contrário, tenho pena deles", disse. "Estão virando massa de manobra do pessoal da Funai."
A rodovia BR-101, segundo Caramori, é a oitava que mais mata no Brasil. Sobre o trecho do morro dos Cavalos, ele citou dados de 2012, que mostram sete mortes e 87 feridos em 195 acidentes.
Visivelmente irritado com a demora nas obras, Reno ainda reiterou o "desejo" que as lideranças da Funai fossem para "o inferno". "Não tenho mais saco e paciência para ver esse capricho enquanto tanta gente continua morrendo. Esse pessoal deve ser sócio de alguma funerária ou de guinchos", afirmou. "Repito que para compensar as mortes esse pessoal tem que ir vivo e arder no inferno para sentir quanto sofre uma família que perde um ente querido. E eles deveriam ser recebidos pelo próprio capeta", completou.
A audiência pública marcada para debater o tema ocorre na noite desta quarta-feira na Assembleia Legislativa. "Se alguém não gostou do que eu disse, que venha aqui para retrucar e debater", avisa o deputado.

Um comentário:

  1. Para resolver essa assine a Petição: Secretaria Nacional dos Povos Indígenas!

    https://secure.avaaz.org/po/petition/Secretaria_Nacional_dos_Povos_Indigenas/?fgsJddb&pv=0

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