19 de agosto de 2013

Pará: Um dos maiores berços indígenas do país quase não é noticiado pela mídia

Por Tereza Amaral

É no estado do Pará que se encontram mais de 30 etnias indígenas, dentre elas Kayapó, Munduruku, Asurini, Arara, Araweté (Ver Link http://pib.socioambiental.org/pt). E, paradoxalmente, é onde quase não se publica na mídia os graves problemas enfrentados pelos povos originários.
Querem ver? É lá, em Altamira, que está o escritório da empresa de mineração canadense Belo Sun, cujo objetivo de Belo Monte é fornecer energia para a mineradora esburacar a Volta Grande do Xingu à procura de ouro. E com aval dos governo federal e estadual ( Ver linkshttp://www.belosun.com/Projects/Volta-Grande/default.aspx e http://www.ihu.unisinos.br/noticias/513615-projeto-bilionario-de-grupo-canadense-quer-extrair-ouro-no-xingu)
Mas o quase silêncio não para na Belo Sun e os estragos sócio-ambientais. Na região do Tapajós há uma iminência de guerra entre o governo Dilma Rousseff e guerreiros da etnia Munduruku. O motivo é um pacote de hidrelétrica que a presidente insiste em construir na área( http://terradedireitos.org.br/biblioteca/noticias/projetos-para-construcao-de-hidreletricas-no-rio-tapajos-intensificam-violacoes-de-direitos-no-oeste-do-para-2/.)
Mais uma insanidade da política sem ecoeficiência da presidente que dita...E o Ministério Público Federal sempre na defesa da 'desdita' dos povos indígenas, ribeirinhos, pescadores. Sem oitiva - obrigatoriedade de escutar os indígenas - prevista pela nossa Constituição Federal e a Convenção 169 da OIT ( http://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_institucional/Dever_da_Consulta_Previa_aos_Povos_Indigenas.pdf).
Mas os problemas naquele estado atingem várias etnias nos setores da saúde (http://www.youtube.com/watch?v=AocMcsYafbk), cujo tema será discutido na  5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena será realizada em Brasília de 26 a 30 de novembro do corrente ano. As notícias que nós - falo aqui na condição de ativista - conseguimos é 'garimpando' em pesquisas feitas em blogs, vídeos e que nos são passadas por fontes indígenas e não indígenas.
Para concluir - e trabalhei durante anos como jornalista no Pará - fica a pergunta: Até quando os donos dos veículos de Comunicação paraenses vão continuar sonegando informações?
Foto _ Sociodiversidade Kayapó

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